29/11/2014
Um adeus gigante para Roberto Bolaños
É linda a comoção causada pelo falecimento do ator Roberto Gómez Bolaños, imortalizado por toda a América Latina graças a seus personagens Chaves e Chapolin. Ele era uma personalidade amada e admirada por milhões. Lembro da minha primeira viagem a trabalho para o Equador, pouco mais de 9 anos atrás, quando ao conversar com o povo da empresa no almoço, todos os olhos brilhavam ao lembrar do programa do comediante mexicano. Meu amigo Rafael Puebla disse: "o 'Chaves' é uma história linda, uma bela lição para as crianças."
O programa foi amplamente televisionado a partir de meados da década de 70 em sua língua original. Aqui no Brasil só chegou no início dos anos 80 com o SBT do Silvio Santos. O sucesso no nosso país foi tão inesperado que lembro de uma entrevista do Roberto Bolaños na qual ele disse que levou muitos anos para lançar produtos no Brasil, pois não imaginava que o program seria tão popular aqui.
Imagino todos os nossos irmãos e irmãs do resto da América Latina que tiveram o privilégio de assistir os programas do "Chespirito" logo na década de 70, "em primeira mão". É uma geração que teve toda a sua infância e adolescência num período muito difícil da história recente e hoje está na casa dos 40 para 50 anos. A "nossa" geração que começou a se encantar com a beleza e simplicidade da comédia do Roberto Bolaños tem entre 30 e 40 anos. Eu me enquadro nesta categoria, com meus atuais 36 anos. Mas não paramos aí - o humor proposto pelo lendário e agora saudoso ator e escritor mexicano é imortal. Até hoje é possível ver crianças gargalhando e se divertindo com as piadas e chavões clássicos que tanto nos divertiram desde o início dos anos 70.
Roberto Gómez Bolaños foi um homem muito importante, não duvidem disso. Ele ajudou a trazer sorrisos e humor para mais de uma geração de latino americanos que realmente precisavam disto e assim ajudou a formar o caráter de milhões com lindas lições de amor, companheirismo e solidariedade. Pois no fim das contas, todos sabemos, o Chaves ganhou seu sanduíche de presunto e todos os amigos da vila cantaram juntos ao redor da fogueira em Acapulco.
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