30/01/2012
Pinheirinho e as algemas do Brasil
Eu achei esta foto particularmente mais forte do que as outras (não divulgo aqui o nome da autora, pois recebi a foto pelo facebook e prefiro respeitar a privacidade da mesma). Vejam este senhor de idade, sem posses, dormindo num colchão que não lhe pertence, com um cobertor que não aplaca o frio da noite. Ele virou um marginal.
Nosso país está criando marginais aos montes: as vítimas das chuvas em Niterói, na região serrana do Rio e Brasil afora. Os moradores de rua, que não tem abrigos, que não tem uma mão amiga. Os doentes que não conseguem lugar ao sol no SUS.
Eles são todos marginais. Foram todos colocado de lado pela sociedade, largados à sua própria sorte e à caridade de poucos. O Estado não se importa com eles. A classe média perde o interesse em suas histórias tristes com facilidade. Nós doamos uma muda de roupas, alguns quilos de comida e fazemos nossa parte.
Enquanto isso, as pessoas que realmente deveriam estar fazendo algo, protelam. Se não for de seu próprio interesse, jamais tomarão qualquer tipo de atitude para acabar com essa miséria, com essa dor. Inclusive continuarão alimentando os problemas, enfraquecendo os alicerces e fomentando a ignorância da população.
Nas eleições este ano, só vote em candidatos de ficha limpa. Vigie aqueles nos quais você votou. Exija que eles cumpram suas promessas de campanha, controlem seus gastos públicos e de gabinete. Interrompa o fluxo da desgraça humana na sua fonte: os nossos opressores, que acreditam que através da vida política, poderão enriquecer às custas da maioria. Ajude a libertar o país destas nefastas algemas, que nos prendem à dura realidade de ter que aceitar as coisas como elas são, simplesmente porque lutar contra o moinho-de-vento é impossível.
Mas por favor, faça alguma coisa, por menor que seja. Outros estão fazendo.
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