Sexta-feira foi um dia complicado. Acordei cedo, trabalhei o dia inteiro que nem um condenado para poder cumprir um prazo, só parando para comer. Fui conseguir descansar por volta de onze da noite, e estava um caco completo. Pelo menos tive a satisfação de completar com sucesso o trabalho que vim fazer aqui, o que foi muito bom. Mas bem que tomei um susto danado.
Os equatorianos tem o hábito de comer mote (milho cozido) antes do almoço, por volta de dez horas da manhã. Além do mote, você pode pedir papas (batatas) cozidas. E tudo vem com um molho picante delicioso, chamado ají. Decidi perguntar para o meu amigo Rafa a receita do molho, pois queria fazê-lo no Brasil. Ele me disse então que era feito de cebola, tomate e cacahuete. Perguntei o que diabos era isso, e ele me fala em inglês: peanut.
Mierda. Eu sou alérgico a amendoim. A sorte é que a receita leva muito pouco amendoim, e no fim das contas não passei mal... Mas agora quero distância de ají.
Hoje fui com o Rafa e sua família para Otavalo, uma cidade cerca de uma hora ao norte de Quito. Lá existe a maior feira de artesanato indígena do Equador, a tribo dos Otavalos (duh...). Tudo é muito bonito e bem feito - achei o preço baixo da prata impressionante. Comprei um charango, que é uma espécie de viola caipira típica do Equador (dez cordas, o instrumento é do comprimento do meu cotovelo até minha mão).Mas o que mais gostei foi da paisagem no caminho. Quito fica na região montanhosa do Equador, e Otavalo também. Lindo, muito lindo esse país.
Hoje vou sair, procurar um bar para beber uma cerveza, e voltar ao hotel. Amanhã vou conhecer la Mitad del Mundo, e segunda-feira vou trabalhar um pouco mais na base aqui de Quito. Hasta luego.
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